quarta-feira, 31 de março de 2010

Ao fim de tudo

Minhas lágrimas não caem mais,
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do Sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz
O vazio de viver só...

Se alguém encontrou um sentido para a vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo transformando o silencio que até então é mudo
Naquela canção,
que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala frente ao tempo que não para frente a nossa lucidez.

Cidadão Quem Composição: Duca Leindecker

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Árvore da indiferença

Num bosque sem cor existe uma árvore sem vida e é nela que nasce uma fruta se cheiro, sem saber, é a indiferença.
Dela se faz o mouse de não sei, o manjar de não to nem aí e o caldo de tanto faz. Nenhum destes pratos tem gosto nem aparência, nada, mas, tudo bem, porque os que comem dela nem ligam, mesmo.
Eu particularmente odeio a árvore da indiferença e seus pratos vazios. Prefiro o doce que vem da árvore da escolha, que se faz o saboroso acerto e o nem tão bom assim, engano, mas pelo menos eu apontei e tomei uma decisão. Quebrei a cara algumas vezes, mas, as lágrimas se foram e os ensinamentos ficaram.
Deitado sob a copa da árvore da escolha pude observar cada um de seus frutos e saborear os bons e os ruins. Enquanto existirem frutos na árvore da escolha, eu estarei lá apreciando com sorriso nos lábios os sucessos e fracassos.

Allan Giovanni da Silva.

domingo, 7 de março de 2010

Ser Mulher


Bem, não faço a menor idéia de como é ser mulher, entretanto imagino que não deva ser nada fácil já que elas menstruam, ganham filhos, entre outros caprichos naturais dos quais nós homens felizmente fomos poupados.
Acredito ser mais do que justo um dia dedicado à elas. As mulheres desde que o mundo é mundo são sobrepujadas e inferiorizadas pelos homens, na Idade Média pelo menos cinqüenta mil foram mortas pela fálica, homossexual e mal amada Igreja Católica, a mesma que celebra a mulher que dá a luz ao salvador do mundo.
As mulheres sempre realizaram os mesmos trabalhos dos homens, algumas inclusive na guerra, e sempre ganharam um salário inferior.
Ter um filho penso eu, me pondo na perspectiva feminina, deve doer à beça, além de aturar os homens (incluindo eu).
Então deixo minha singela homenagem às mulheres que fazem do mundo um lugar mais doce, mais colorido, mais sorridente, mais meigo,até mais feliz.

Allan Giovanni da Silva.

terça-feira, 2 de março de 2010

Fim de papo!

Você vota em pessoas que não merecem sua confiança, acredita em coisas que na verdade não acredita, canta canções que odeia, freqüenta lugares que não gosta, anda na moda, assiste novela, segue as regras, vai à igreja, paga seus impostos, compra porcarias da que não precisa, leva uma vida normal, aos padrões sociais. Parabéns! Você não viveu! Agora pegue uma corda, passe em volta do pescoço e em torno de uma viga sólida no teto (para ter êxito) depois suba num banquinho e pule. Morrerá como um cidadão.
Quem sabe se você quebrasse as regras de vez em quando, mandasse alguém importante à merda, atravessasse fora da faixa, escrevesse uma carta cheia de palavrões pro prefeito, pichasse um muro branco.
Você não tem culpa de ser zelado pelo Grande Irmão, mas não quer dizer que precisa gostar. Pense sinceramente. Você é livre? Se sente livre? Você não tem vontade de mandar tudo às favas e sair andando? Pronto, o convite está feito.


Allan Giovanni da Silva.