sábado, 3 de setembro de 2011

Eu na balada


A noite de todas as médias e grandes cidades é repleta de festas, baladas e curtição, ontem acabei sendo arrastado para a Rivage, “festa estranha com gente esquisita.”
Quando tinha 15 anos só rezava pra fazer 16 logo e puder entrar, na época ainda nem chamavam de balada. Aquela noite faria de mim finalmente um adulto, um cara que perambularia pelas festas regadas a mulheres, bebidas e luzes estroboscópicas, mas como eu não era o Ronaldinho, nada disso aconteceu. O que presenciei, na verdade foi algo tão vazio, sem graça que me fez repensar vários conceitos sobre as pessoas. Cadelinhas de boate e Malhadinhos de camisa apertada tomavam conta do lugar. Parecia que existia uma linha de montagem de adolescentes fúteis em um galpão ali perto. Papo furado e sorrisos forçados eram o tema da festa. Fiquei ali olhando perplexo, sem puder beber, não tinha carro e nenhuma gatinha queria falar comigo, aquele definitivamente não era o meu lugar.
Acabei sendo arrastado para lá mais algumas vezes nos anos que se seguiram. Mas a seis não entrava em tal lugar, até ontem.
11 anos depois algumas coisas mudaram, ao invés de apenas dance, também tinha sertanejo universitário. O público me pareceu mais velho, quem sabe os jovens sebosos de outrora se tornam os adultos acéfalos que continuam lotando o lugar.
Em resumo lhes digo que de fato não gosto de balada, acho algo pobre, e até irritante, a música é ruim, quase arrumei briga, me olhavam como se fosse um E.T. e o chão era colento. Sou chato, sem graça, mas principalmente tenho bom gosto, desculpa Teddy Texas, mas prefiro o Johnny Cash.

Allan Giovanni da Silva.

Um comentário:

  1. Bem camarada, não adianta ir contra a natureza... nenhum investimento vale tanto assim...

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