quinta-feira, 29 de dezembro de 2011



La Bella Luna


Por mais que eu pense

Que eu sinta, que eu fale

Tem sempre alguma coisa por dizer

Por mais que o mundo dê voltas

Em torno do sol, vem a lua me

EnlouquecerA noite passada

Você veio me ver

A noite passad

aEu sonhei com você

Ó lua de cosmo

No céu estampada

Permita que eu possa adormecer

Quem sabe, de novo nessa madrugada

Ela resolva aparecer

A noite passada

Você veio me ver

A noite passada

Eu sonhei com você

Os Paralamas do Sucesso

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Teus Pés



Quando não te posso contemplar

Contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,

Teus pequenos pés duros,

Eu sei que te sustentam

E que teu doce peso

Sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,

A duplicada púrpura

Dos teus mamilos,

A caixa dos teus olhos

Que há pouco levantaram voo,

A larga boca de fruta,

Tua rubra cabeleira,

Pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés

É só porque andaram

Sobre a terra e sobre

O vento e sobre a água,

Até me encontrarem.

Pablo Neruda

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Não trocaria um sorvete de flocos por você



Você disse que me ama
Pensa que engana o meu pobre coração
Tá saindo com um banana
Com saudade da minha cama
Esperando o meu perdão
uuuh
Fica dizendo que me quer
Mas prefere um mané apaixonado por você
Tatuagem com meu nome
Ainda tem meu telefone
Assim não vai me esquecer
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie
Você ficava só de meia
Eu te chamava de sereia
Parecia tão legal
Um casal apaixonado
Fica mesmo transtornado
É uma coisa tão normal
uuuh
Eu tirava sua blusa
Você minha bermuda e falava de amor
Me chamava de canalha
Destruía minha guitarra e dizia acabou
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie


Soulstripper

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dois anos de blog



Sim, é aniversário desde humilde espaço de escrita. Já postei tanta coisa variada por aqui e seria uma idiotice tentar relembrar o que aqui fiz, até porque você mesmo pode clicar aqui do lado e ver todas as postagens anteriores. Estou fazendo esta pequena festa só porque esqueci ano passado de tão maravilhosa data (ironia).
Não pretendo julgar o que escrevi ou deixei de escrever, isto não é um diário, apesar de as vezes ter esse caráter, não é um espaço para desabafos embora isso também já tenha ocorrido.
Depois de dois anos e muitas palavras aqui expostas posso dizer que tenho cumprido o objetivo inicial que era escrever sobre coisas diversas, muitos textos meus e nunca melhorar minha escrita (perceba que continua mesma porcaria de sempre).
Este blog, porém, é uma coisa que tem minha total fidelidade, estou completamente compromissado com ele. Estando feliz ou triste cansado ou eufórico, sempre acabo escrevendo algo.
Sempre que penso em desistir ouço um pedido, que diz que lê meu blog e que devo continuar, muitas vezes faço as mais profundas (ou não) reflexões sobre a vida, apenas para ter o que compartilhar com quem despensa tempo da conturbada vida do século XXI para ler as frivolidades deste pequeno escrevinhador.
Aos que me dão a honra de me dirigir como meus leitores, agradeço do fundo do coração. Coisas novas sempre surgirão, mesmo que não sejam boas. Obrigado.

Allan Giovanni da Silva.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Luzes da Ribalta


Esse é o terceiro texto que escrevo sobre Chaplin neste espaço. Desta vez destaco um filme diferente. Em 1952 vimos um homem maduro, aposto do palhaço mudo da década de trinta. Neste longa Chaplin interpreta um palhaço que não vê mais graça em si próprio. Passa fome e principalmente por uma crise, onde questiona seu talento e se pergunta quem o fará rir.
Chaplin é quase que ele mesmo neste filme. Ele passa para a sociedade americana várias questões que lhe incomodam. Neste período, o ator, roteirista, diretor e compositor é mandado embora do E.U.A por ser comunista. Agora é rejeitado pelo público que fez rir e chorar.
Chaplin guarda grandes amarguras e este filme acaba por ser uma válvula de escape para tudo que ele sente.
Esse filme apesar de ser falado, não tira todo o brilho dos olhos de Chaplin, sua atuação é cheia de pequenas piadas, coisa inevitável para ele, mas é certamente o mais profundo e filosófico papel do mestre.
Chaplin responde com carinho toda dor que lhe foi imposta.

Allan Giovanni da Silva.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Medo!


Sempre ensino aos meus alunos quando trabalho Idade Média; que o medo foi o meio utilizado por reis europeus, senhores feudais e principalmente pela Igreja Católica como política de controle. O tempo passou os séculos sucederam e o período medieval virou literalmente história.
Hoje não temos mais íncubos e súcubos para atormentar nosso sono, não temos mais a inquisição, nem cruzadas. Será?
Olhe ao seu redor, temos doenças sexualmente transmissíveis, centenas de segmentos religiosos tentando controlar a sua vida, o Oriente Médio continua recebendo visitantes indesejados. Vivemos com medo de mísseis, de invasores na Amazônia, vivemos com medo de invasores extraterrestres. Temos medo das profecias de Nostradamus. Medo do fim do mundo, de barata, de crises, de envelhecer de engordar ou ficar careca.
Esses a cima citados são apenas os medos coletivos, e os seus medos pessoais? Aqueles que são só seus? Aqueles que ninguém mais conhece.
A minha pergunta caros amigos é a seguinte: podemos simples mortais, vivermos sem sentir medo?
Renato Russo diz que: “toda dor vem do desejo de não sentirmos dor...”. Temo que o nobre poeta esteja certo, neste caso estamos perdendo um tempo valioso de nossas vidas. Gastamos tempo com um inimigo invisível e nos causa uma dor de grandes proporções, a dor da dúvida, a dor do quem sabe, do talvez. Será que não é hora de olhar sob a cama para vermos que não há um Bicho Papão?

Allan Giovanni da Silva.