quinta-feira, 29 de dezembro de 2011



La Bella Luna


Por mais que eu pense

Que eu sinta, que eu fale

Tem sempre alguma coisa por dizer

Por mais que o mundo dê voltas

Em torno do sol, vem a lua me

EnlouquecerA noite passada

Você veio me ver

A noite passad

aEu sonhei com você

Ó lua de cosmo

No céu estampada

Permita que eu possa adormecer

Quem sabe, de novo nessa madrugada

Ela resolva aparecer

A noite passada

Você veio me ver

A noite passada

Eu sonhei com você

Os Paralamas do Sucesso

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Teus Pés



Quando não te posso contemplar

Contemplo os teus pés.

Teus pés de osso arqueado,

Teus pequenos pés duros,

Eu sei que te sustentam

E que teu doce peso

Sobre eles se ergue.

Tua cintura e teus seios,

A duplicada púrpura

Dos teus mamilos,

A caixa dos teus olhos

Que há pouco levantaram voo,

A larga boca de fruta,

Tua rubra cabeleira,

Pequena torre minha.

Mas se amo os teus pés

É só porque andaram

Sobre a terra e sobre

O vento e sobre a água,

Até me encontrarem.

Pablo Neruda

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Não trocaria um sorvete de flocos por você



Você disse que me ama
Pensa que engana o meu pobre coração
Tá saindo com um banana
Com saudade da minha cama
Esperando o meu perdão
uuuh
Fica dizendo que me quer
Mas prefere um mané apaixonado por você
Tatuagem com meu nome
Ainda tem meu telefone
Assim não vai me esquecer
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie
Você ficava só de meia
Eu te chamava de sereia
Parecia tão legal
Um casal apaixonado
Fica mesmo transtornado
É uma coisa tão normal
uuuh
Eu tirava sua blusa
Você minha bermuda e falava de amor
Me chamava de canalha
Destruía minha guitarra e dizia acabou
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie


Soulstripper

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dois anos de blog



Sim, é aniversário desde humilde espaço de escrita. Já postei tanta coisa variada por aqui e seria uma idiotice tentar relembrar o que aqui fiz, até porque você mesmo pode clicar aqui do lado e ver todas as postagens anteriores. Estou fazendo esta pequena festa só porque esqueci ano passado de tão maravilhosa data (ironia).
Não pretendo julgar o que escrevi ou deixei de escrever, isto não é um diário, apesar de as vezes ter esse caráter, não é um espaço para desabafos embora isso também já tenha ocorrido.
Depois de dois anos e muitas palavras aqui expostas posso dizer que tenho cumprido o objetivo inicial que era escrever sobre coisas diversas, muitos textos meus e nunca melhorar minha escrita (perceba que continua mesma porcaria de sempre).
Este blog, porém, é uma coisa que tem minha total fidelidade, estou completamente compromissado com ele. Estando feliz ou triste cansado ou eufórico, sempre acabo escrevendo algo.
Sempre que penso em desistir ouço um pedido, que diz que lê meu blog e que devo continuar, muitas vezes faço as mais profundas (ou não) reflexões sobre a vida, apenas para ter o que compartilhar com quem despensa tempo da conturbada vida do século XXI para ler as frivolidades deste pequeno escrevinhador.
Aos que me dão a honra de me dirigir como meus leitores, agradeço do fundo do coração. Coisas novas sempre surgirão, mesmo que não sejam boas. Obrigado.

Allan Giovanni da Silva.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Luzes da Ribalta


Esse é o terceiro texto que escrevo sobre Chaplin neste espaço. Desta vez destaco um filme diferente. Em 1952 vimos um homem maduro, aposto do palhaço mudo da década de trinta. Neste longa Chaplin interpreta um palhaço que não vê mais graça em si próprio. Passa fome e principalmente por uma crise, onde questiona seu talento e se pergunta quem o fará rir.
Chaplin é quase que ele mesmo neste filme. Ele passa para a sociedade americana várias questões que lhe incomodam. Neste período, o ator, roteirista, diretor e compositor é mandado embora do E.U.A por ser comunista. Agora é rejeitado pelo público que fez rir e chorar.
Chaplin guarda grandes amarguras e este filme acaba por ser uma válvula de escape para tudo que ele sente.
Esse filme apesar de ser falado, não tira todo o brilho dos olhos de Chaplin, sua atuação é cheia de pequenas piadas, coisa inevitável para ele, mas é certamente o mais profundo e filosófico papel do mestre.
Chaplin responde com carinho toda dor que lhe foi imposta.

Allan Giovanni da Silva.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Medo!


Sempre ensino aos meus alunos quando trabalho Idade Média; que o medo foi o meio utilizado por reis europeus, senhores feudais e principalmente pela Igreja Católica como política de controle. O tempo passou os séculos sucederam e o período medieval virou literalmente história.
Hoje não temos mais íncubos e súcubos para atormentar nosso sono, não temos mais a inquisição, nem cruzadas. Será?
Olhe ao seu redor, temos doenças sexualmente transmissíveis, centenas de segmentos religiosos tentando controlar a sua vida, o Oriente Médio continua recebendo visitantes indesejados. Vivemos com medo de mísseis, de invasores na Amazônia, vivemos com medo de invasores extraterrestres. Temos medo das profecias de Nostradamus. Medo do fim do mundo, de barata, de crises, de envelhecer de engordar ou ficar careca.
Esses a cima citados são apenas os medos coletivos, e os seus medos pessoais? Aqueles que são só seus? Aqueles que ninguém mais conhece.
A minha pergunta caros amigos é a seguinte: podemos simples mortais, vivermos sem sentir medo?
Renato Russo diz que: “toda dor vem do desejo de não sentirmos dor...”. Temo que o nobre poeta esteja certo, neste caso estamos perdendo um tempo valioso de nossas vidas. Gastamos tempo com um inimigo invisível e nos causa uma dor de grandes proporções, a dor da dúvida, a dor do quem sabe, do talvez. Será que não é hora de olhar sob a cama para vermos que não há um Bicho Papão?

Allan Giovanni da Silva.

domingo, 27 de novembro de 2011

O Poeta Está Vivo




Baby, compra o jornal


E vem ver o sol


Ele continua a brilhar


Apesar de tanta barbaridade...
Baby escuta o galo cantar


A aurora dos nossos tempos


Não é hora de chorar


Amanheceu o pensamento...
O poeta está vivo


Com seus moinhos de vento


A impulsionar


A grande roda da história...
Mas quem tem coragem de ouvir


Amanheceu o pensamento


Que vai mudar o mundo


Com seus moinhos de vento...
Se você não pode ser forte


Seja pelo menos humana


Quando o papa e seu rebanho chegar


Não tenha pena...
Todo mundo é parecido


Quando sente dor


Mas nú e só ao meio dia


Só quem está pronto pro amor...
O poeta não morreu

Foi ao inferno e voltou


Conheceu os jardins do Éden


E nos contou...
Mas quem tem coragem de ouvir


Amanheceu o pensamento


Que vai mudar o mundo


Com seus moinhos de vento...(2x)
Ahannn ahannn ahannn!
O poeta não morreu


Foi ao inferno e voltou


Conheceu os jardins do Éden


E nos contou...
Mas quem tem coragem de ouvir


Amanheceu o pensamento


Que vai mudar o mundo


Com seus moinhos de vento...(2x)
Ahannn ahannn ahannn!




Frejat

sábado, 12 de novembro de 2011

A borboleta e o escrevinhador



A borboleta vive em forma de lava num casulo por muito tempo, sai dele linda e forte, mas por uma brincadeira sem graça do destino vive apenas um dia. Agora lhe pergunto, confidente; não seria melhor que ela permanecesse em seu invólucro? Ou uma vida livre e digna ainda que breve?
Lamento, mas não tenho resposta pra isso. As pessoas fazem coisas ruins a si mesmas, bem, por que as fazem? Por que fazer mal a si mesmo, por quê? Por quê?
Desculpe o niilismo em excesso mas não pude evitar. Acho que as pessoas gostam da dor e até a procuram. Admito que muitas vezes ela purificadora, você se sente vivo e se redime, como um penitente que de joelhos paga seus pecados.
A borboleta vive limitada em seu casulo e luta bravamente para sair dele mesmo sabendo que sua vida será curta. No entanto enquanto voa com suas belas asas multicoloridas ela faz o que bem entende. Eu assim como ela, a borboleta, sei que vou morrer e me obrigo a viver, pelo menos por enquanto. Entre o ventre o caixão a um tempo, onde faço coisas, coisas justas e injustas, coisas belas e terríveis.
Entro na vida das pessoas e deixo marcas, deixo um pedaço de mim, pedaço esse que certamente nunca mais voltará para minha mente, estará sempre lá, onde deixei. Cada dia que passa eu me preocupo mais com os sentimentos das pessoas não sei se estou ficando velho ou fraco, mas tenho pensado muito na capacidade das pessoas de mudas a vida de outras pessoas para sempre, algo realmente muito sério, meu conselho, não se dirija a ninguém se não estiveres disposto a fazer o melhor.
Porém esse amargurado escrevinhador não se vê em condição de dar conselho a ninguém, apenas pode dividir um pouco esse peso no peito.


Allan Giovanni da Silva.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Caminho



Você já parou pra pensar quantos amigos teve? Quantos amores teve? O rumo de quantas vidas você já mudou?
Pessoas que não lembra, e pessoas que sempre vai lembrar. Você já parou pra pensar que você não tem controle sobre sua vida e que estamos à deriva?
Você não pode obrigar ninguém a te amar e você não pode se obrigar a amar essa ou aquela pessoa.
Não acredito que a vida tenha planos pra você, penso apenas que as coisas acontecem. Coisas vêm e vão, às vezes não vem e às vezes não vão. Um tanto vago?
Provavelmente, não vejo por outro lado resposta alguma. O que vai ser da gente, ou como será o futuro por mais próximo que ele esteja não consigo ver. Não vejo nada, de tão sombrio.


Allan Giovanni da Silva.

domingo, 30 de outubro de 2011

Glauber Morto



O morto não está de sobrecasaca

não está de casaca, não está de gravata

o morto está morto não está barbeado

não está penteado não tem na lapela

uma flor não calça, sapatos de verniz

não finge de vivo não vai tomar posse na Academia

O morto está morto, em cima da cama,no quarto vazio

como já não come, como já não morre enfermeiras e médicos

não mais se ocupam dele: cruzaram-lhe as mãos ataram-lhe os pés

e se retiraram

O morto está pronto.

Só falta embrulhá-lo/e jogá-lo fora


Ferreira Gullar

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cada dia mais amargo!



Não tenho saco pra religião, nem pra TV, ou visita de parentes que fingem interesse.
Agora falo na cara se fazer algo que me desagrade.
Não finjo interesse, não peço desculpas, não acho graça de quase nada. Não estou a trás de amigo, não são politicamente correto. Tenho nojo de um monte de coisas. Não suporto mais um monte de gente, não tenho mais ido em festas nem cumprimentado pessoas, nem sendo cortes, sorridente nunca foi. Começo a colecionar inimigos. Que venham.


Allan Giovanni da Silva.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

The Sounds Of Silence



The Sounds Of Silence Simon & Garfunkel
Composição: Paul Simon


Hello darkness, my old friend,

I've come to talk with you again,

Because a vision softly creeping,

Left its seeds while

I was sleeping,

And the vision that was planted in my brain

Still remainsWithin the sound of silence.In restless dreams I walked alone

Narrow streets of cobblestone,

'Neath the halo of a street lamp,

I turned my collar to the cold and damp

When my eyes were stabbed by the flash of a neon light

That split the night

And touched the sound of silence.

And in the naked light I saw

Ten thousand people, maybe more.

People talking without speaking,

People hearing without listening,

People writing songs that voices never share

And no one daredDisturb the sound of silence.

"Fools" said I,

"You do not know

Silence like a cancer grows.

Hear my words that I might teach you,

Take my arms that I might reach you.

"But my words like silent raindrops fell,

And echoedIn the wells of silence

And the people bowed and prayed

To the neon god they made

.And the sign flashed out its warning,

In the words that it was forming.And the sign said,

"The words of the prophets are written on the subway walls

And tenement halls."And whisper'd in the sounds of silence.

O Som do Silêncio Simon & Garfunkel
Composição: Paul Simon


Olá escuridão, minha velha amiga

Eu vim para conversar com você novamente

Por causa de uma visão que se aproxima suavemente

Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo

E a visão que foi plantada em minha mente

Ainda permanece

Dentro do som do silêncio

Em sonhos sem descanso eu caminhei só

Em ruas estreitas de paralelepípedosSob a áurea de uma lamparina da rua

Virei minha gola para o frio e a umidade

Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash de uma luz de neon

Que rachou a noiteE tocou o som do silêncioE na luz nua eu enxerguei

Dez mil pessoas talvez mais

Pessoas conversando sem estar falando

Pessoas ouvindo sem estar escutando

Pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilham

E ninguém ousouPerturbar o som do silêncio"Tolos," digo eu, "vocês não sabem

O silêncio é como um câncer que cresce

Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar

Tomem meus braços que eu posso lhes estender "Mas minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caem

E ecoaram

Nos poços do silêncio

E as pessoas se reverenciaram e rezaram

Para o Deus de neon que elas criaram

E um sinal faiscou o seu aviso

Nas palavras que estavam se formandoE o sinal disse: "As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô

E nas salas dos cortiços

Tradução: Guilherme O'Hara

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pouca estatura


Às vezes me acusam de ser baixo e miúdo, não é uma acusação completamente sem fundamento, porém, não justifica coisa alguma. Na verdade penso que as pessoas terão por você o respeito que você impor, mesmo que de início pense: - “Vou apavorar esse baixinho.” Mas não sou exceção a regra quando o assunto é ser bravo e incisivo. Tamanho não é garantia de respeito.
Acho que ser grande é até mesmo um desperdício de espaço, brincadeiras a parte, ser baixo faz você precisar ter mais personalidade, falar mais alto ser mais incisivo, caso contrário ninguém nem vai ver você, no máximo uma velhinha virá apertar as suas bochechas e dizer: - “que criança mais fofinha”. Sim, se o baixinho não criar mecanismo de defesa ele será sempre ou saco de pancada de quem é grande ou o fofinho. Diga a Átila, o Huno que ele é uma gracinha, ou tente bater em Mike Tyson,. Van Damme, sim aquele fodão dos filmes de porrada, ele é muito baixo. Luis Carlos Prestes, nanico, Shoto o mestre que inventou um segmento do Karatê era assim conhecido por ser baixo shoto = pequeno, Chaplin era pequeno, Romário, Nelson Ned, tudo bem, agora apelei um pouco. Não poderia deixar de mencionar o baixinho que representa a classe, o tampinha mais valentão de todos os tempos que infrentou a Inglaterra, Rússia e quem mais quisesse, Napoleão, pouco tamanho e muita valentia, um baixinho muito abusado.
Enfim como diz Nelson Motta: “os melhores perfumes e os piores venenos ainda estão nos menores frascos.”

Allan Giovanni da Silva.

sábado, 3 de setembro de 2011

Eu na balada


A noite de todas as médias e grandes cidades é repleta de festas, baladas e curtição, ontem acabei sendo arrastado para a Rivage, “festa estranha com gente esquisita.”
Quando tinha 15 anos só rezava pra fazer 16 logo e puder entrar, na época ainda nem chamavam de balada. Aquela noite faria de mim finalmente um adulto, um cara que perambularia pelas festas regadas a mulheres, bebidas e luzes estroboscópicas, mas como eu não era o Ronaldinho, nada disso aconteceu. O que presenciei, na verdade foi algo tão vazio, sem graça que me fez repensar vários conceitos sobre as pessoas. Cadelinhas de boate e Malhadinhos de camisa apertada tomavam conta do lugar. Parecia que existia uma linha de montagem de adolescentes fúteis em um galpão ali perto. Papo furado e sorrisos forçados eram o tema da festa. Fiquei ali olhando perplexo, sem puder beber, não tinha carro e nenhuma gatinha queria falar comigo, aquele definitivamente não era o meu lugar.
Acabei sendo arrastado para lá mais algumas vezes nos anos que se seguiram. Mas a seis não entrava em tal lugar, até ontem.
11 anos depois algumas coisas mudaram, ao invés de apenas dance, também tinha sertanejo universitário. O público me pareceu mais velho, quem sabe os jovens sebosos de outrora se tornam os adultos acéfalos que continuam lotando o lugar.
Em resumo lhes digo que de fato não gosto de balada, acho algo pobre, e até irritante, a música é ruim, quase arrumei briga, me olhavam como se fosse um E.T. e o chão era colento. Sou chato, sem graça, mas principalmente tenho bom gosto, desculpa Teddy Texas, mas prefiro o Johnny Cash.

Allan Giovanni da Silva.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Declaração de Amor (e o poeta cai na armadilha)




Ó maravilha! Voará ainda?

Sobe e as suas asas não se mexem?

Quem é então que o leva e faz subir?

Que fim tem ele, caminho ou rédea, agora?

Como a estrela e a eternidade Vive nas alturas de que se afasta a vida,

Compassivo, mesmo para com a inveja...

E quem o vê subir sobe também alto.

Ó albatroz!

Ó minha ave!

Um desejo eterno me empurra para os cimos


Pensei em ti e chorei.

Chorei mais e mais...

Sim, eu amo-te!


Friedrich






Nietzsche, in "A Gaia Ciência





sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Historiador




Hoje é dia do historiador e como tal se faz necessário o meu parecer sobre o assunto.
É no mínimo engraçada essa condição, sendo que o historiador nem ser quer é um profissional. Gastamos anos de estudo, pesquisa, trabalho, para um parco reconhecimento e um emprego no governo, mas esse texto não é uma queixa, acho até interessante que exista um dia dedicado a quem escreve história, separado de quem ensina. O historiador não é necessariamente o professor, mas raramente as coisas se distanciam.
Ser historiador inclui pesquisa bibliográfica muita mesmo. Trabalho de campo, arquivo, leitura de jornais velhos e empoeirados, e ele ainda tem de ficar feliz se estiver em português e não em alemão ou russo.
O historiador é o cara que questiona o que está escrito, que dialoga com a fonte que entrevista e vai onde preciso for para encontrá-la. Para o historiador nenhum camponês do século XIV é sem importância e nenhum imperador foge de ser criticado. Esse é o nosso trabalho, é ao passado que dedicamos nossas vidas.
Allan Giovanni da Silva.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu e o samba
























Sem fui e continuo sendo muito chato para música, porém hoje sou capaz de ouvir e gostar de músicas que há dez anos não imaginei que gostaria um dia. Mas a idade me faz, perceber beleza e qualidade em coisas por assim dizer diferentes.
Nunca gostei de pagode, por exemplo, e continuo não gostando, mas de uns tempos para cá gastei um tempo para ouvir música brasileira mais antiga. Passei ouvir mais música caipira que já gostava e principalmente samba que é o foco deste texto.
Recebi dois álbuns de samba de raiz, ambos de canções compostas por Cartola grande mestre do samba. Em um deles ele canta apenas músicas sobre o Morro da Mangueira e sobre a escola de mesmo nome, que dedicou a vida, o outro é Ney Matogrosso cantando Cartola, mas quem tem me feito parecer um gringo no samba foram dois grandes sambistas, um deles é um tipo de “rocker” do começo do século XX, Noel Rosa, que morreu de tanto beber e não saia dos bordéis, o outro é Adorian Barbosa, que encontrei por puro acaso. Música onde ele canta com a grande Elis Regina, é a minha favorita.
O samba é uma expressão tão brasileira e muitas vezes a gente não presta atenção nele, porque é popular, porque é de pobre, porque concluímos que não tem qualidade ou inventamos qualquer outro motivo. Então penso agora que é bem legal a gente dá uma chance pra esses caras. E aí? Vamo fazê uma rodinha de samba?


Allan Giovanni da Silva.





sábado, 13 de agosto de 2011

Nosso lar uma comédia?



O cinema Brasileiro tem dado bons frutos, fato, porém essa onda de filmes espíritas está fazendo sucesso entre maconheiros, pedagogas e outros pseudo-intelectuais.
O filme tem um orçamento alto e grande parte do elenco é da Globo, mas isso não garante qualidade. O Oton Bastos ator que respeito principalmente por ter protagonizado Deus e o Diabo na Terra do Sol do grande Glauber Rocha, está no filme, ele aparece em holografias, seu aspecto lembra o lord Sith antes de ser torrado pelo Mestre Yoda. O filme em si tem grandes semelhanças com o Star Wars, mas sem os sabres de luz. De resto é um tanto pobre. O mundo dos mortos é misto de colônia hippie com o mundo dos elfos do Senhor dos Anéis, mas sem a gata da Liv Tyler. Em dado momento quando há espíritos chegando desejei que os caça-fantasmas entrassem em cena com suas mochilas de prótons, mas não acontece. Gostaria de poder contar o fim dizendo que o personagem principal morre, mas o filme é tão sem graça que o cara já morre logo no começo. As pessoas morrem e adivinha? Vão pro céu pra trabalhar! Porra! Eles precisam comprar créditos pra poder falar com a família, é mole? Quem não acredita vai pro inferno levar chicotada. Já deve ter um chicote com o meu nome lá.


Allan Giovanni da Silva.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Diferentão



Ele fez de tudo pra ser conhecido com profeta, louco, mago, gênio, bêbado.
Um baiano de 48 quilos, certo? Que calçava sapatos 36 e escrevia sobre si próprio.
Esse é Raul Santos Seixas, menino danado, lá, si, dó rebocado.
Esse cara desperta até hoje muitos sentimentos nos que levam suas letras como lema na vida. Trem das Sete (a música favorita de meu pai), Tente outra vez, que salvou um suicida. Eu nasci Há Dez mil Anos Atrás que me levou para o caminho da história.
Raul tinha uma áurea misteriosa, escrevia sobre coisas secretas, pulava o muro com o Zequinha no quintal da escola. Era paranóico, foi pantera, hippie, beatnik, católico, budistas, protestante. Estudou direito, filosofia, magia negra, leu pergaminhos sagrados, foi gentilmente convidado a se retirar do Brasil e depois foi chamado de volta, casou quatro vezes. Imitou Elvis e mister Bob Dylan. Rio da “bosta nova”.
Cantou forró, blues, jovem guarda tango, bolero, mas foi mais que tudo um cara do rock. Ele foi um ator tão bom que convenceu a todos que era cantor e compositor, foi de pijama no programa da Xuxa e de sunga no Silvio Santos.
Raul se drogou, amou, chorou e morreu e viveu muito intensamente, virou lenda e hoje é desprezado por uns, mas, sobretudo é amado por muitos, que assim como eu vêem em seu trabalho e seu legado um exemplo de maluquice, genialidade, é por isso e por muito mais que Raul vive e continuará vivendo dentro de cada maluco beleza mundo afora.


Allan Giovanni da Silva.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Um Senhor Chamado Rock!


Hoje comemoramos o Dia Mundial do Rock, esse velho doido cheio de filhos rebeldes, o Progressivo, o Punk, o Hard. Uma coisa sem rima com desacordes, distorções, sem razão ou pretensões. Uma viagem à um mundo dos desajustados.
Quebrou regras enfrentou armas, levantou bandeiras, desafiou velhos conceitos de moral. Rock não é moda, Rock não é música e nem cultura. Rock é mais. Não se explica o que é. O Rock você sente, te liberta exorciza seus demônios.
Hoje ele é comportado se preocupa com o meio ambiente, é religioso é sóbrio e responsável. Essa porra toda não é papel do Rock.
Faço um brinde às guitarras destruídas do The Who, ao LSD dos Beatles, ao baseado do Hendrix, aos gritos da Jenis, à jaqueta dos Ramones, ao topete do Elvis ao piano do Jerry Lee, à barba do Raul, ao ódio do Clash. Esse dia deve ser celebrado com uma garrafa de Whisky barato e meia dúzia de vinis clássicos. Essa é minha humilde homenagem às grandes bandas e às que nunca foram reconhecidas.
Rock N’ Roll, meu velho companheiro você estará comigo até o dia em que a minha carcaça
apodrecer!

Allan Giovanni da Silva.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sem Medo da Vaidade


A vaidade é notoriamente conhecida como negativa desde a Idade Média, porém nunca deixou de fazer parte do cotidiano de reis e príncipes. Ela está em todos, em mim ela se manifesta no âmbito da intelectual e profissional. Não acho de maneira nenhuma que seja pecado ou um desvio de caráter, pelo contrário, acho que se você tem qualidades reconhecidas pelas pessoas, é motivo de orgulho, sinal de que você está no caminho certo. A falsa modéstia, porém, acho algo deplorável, me soa falso, mas no outro lado da moeda temos o orgulho excessivo que pode te afogar como fez a Narciso.

A vaidade estava nas pernas de Marylin, na coroação de Napoleão, no intelecto de Einstein. Na criação de Deus e na criação dos homens.

Nunca se esqueça de onde você veio, de quem são seus antepassados, onde é sua terra. Tenha orgulho do que você é e não pare de melhorar jamais.


Allan Giovanni da Silva.

sábado, 2 de julho de 2011

A Honra


Um dos fatores que me faz gostar do passado e principalmente dos samurais é a honra. Algo que parece esquecido nos dias de hoje. Todo é resolvido em tribunais, pela polícia pela burocracia. Eu por outro lado acho que tudo era mais simples quando os homens resolviam suas questões através da espada. Em uma disputa limpa onde vencia aquele que estivesse mais preparado espiritualmente. Hoje a covardia tomou conta de todos. No passado homens morriam em combate por aquilo que acreditavam. Hoje nada mais é feito e as virtudes vão para o buraco. O medo reina absoluto.
Tanto a espada quanto o guerreiro não são mais úteis e o homem que busca honra é chamado de louco. Esse mundo está podre e a da espada embainhada junta poeira até o dia de novamente ser posta em combate.

Allan Giovanni da Silva.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um cara nostálgico



Todos nós temos formas diferentes de lidar com o tempo passado. Mas eu não sei fazer isso direito. Pensei que estudar história fosse resolver meu problema, ledo engano. O passado não pode ser deixado para trás, quando você não busca o passado ele vem atrás de você.
Eu não sou capaz de nem sequer de ver uma foto de um tempo bom que sei que não volta. Isso causa dor. Não consigo lembrar coisas boas, sabendo que nunca mais retornarão.
Embora o passado seja por vezes atormentador ele também não me permite eliminar nada que me ligue a ele, por isso tenho caixas e mais caixas com fotografias e todo tipo de coisa que me ligue ao passado, mesmo sendo ele o mais sombrio.
Prezo o passado até mais do que ele merece, gosto da saudade, gosto até do sofrimento. Vejo poesia em tudo isso. Tudo parece mais simples no passado. O futuro é nebuloso, o passado ainda ruim é claro, resolvido até certo pronto.
Essa nostalgia é um estado de melancolia causada pela falta de algo ou de muita coisa que dá sentido à nossa vida ...


Allan Giovanni da Silva.

A educação laica no Brasil


As pessoas me perguntam como é trabalhar Ensino Religioso, bom na verdade não é nada fácil. Em uma sala de trinta crianças, temos alunos dos mais variados tipos de credos e também aqueles que não acreditam e é preciso trabalhar de modo científico sem agredir nenhum lado e ainda lutar para diminuir o preconceito.

O Estado é laico, não tem compromisso com nenhuma igreja ou segmento religioso. Lembro quando o papa veio ao Brasil e pediu ao então presidente Lula para que o catolicismo voltasse às escolas, Lula respondeu que o Estado brasileiro é laico. Concordo plenamente acho que o conhecimento não pode sucumbir à fé. São coisas diferentes, não opostas, mas merecem ser vistas de modo cuidadoso.

Então nunca, sob nenhuma circunstância nenhum aluno me viu ou verá fazendo apologia sobre qualquer segmento religioso, pra mim todos são iguais, merecedores de nosso respeito de nossa crítica.


Allan Giovanni da Silva.

sábado, 25 de junho de 2011

Criança e velho




Tem dias que acordo me sentindo com dez anos de idade, com vontade de correr, de pular, de brincar, como se a vida estivesse apenas no começo. Como se não existissem os problemas e as frustrações da vida adulta.
Outros dias, porém apenas sento na varanda, acendo meu velho cachimbo de madeira e fico pensando nos tempos passados.
Acredito que a vida tem sua beleza em cada período, a esperança da criança e a experiência do velho. Não podemos deixar nada de lado. Agir com a energia do menino e com o cuidado do idoso.
A vida segue seu curso natural, e nos molda através do tempo. Faça o que você tem de fazer, experimente a vida. Ria, chore, sofra, mude cometa novos erros, aprenda e se fortaleça. Pra chegar no fim da vida com dignidade.


Allan Giovanni da Silva.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CACHORRO URUBU








Baby, essa estrada



é comprida



Ela não tem saída



É hora de acordar



Pra ver o galo cantar



Pro mundo inteiro escutar



Baby a estória é a mesma



Aprendi na quaresma



Depois do carnaval



A carne é algo mortal



Com multa de avançar sinal



Todo jornal que eu leio



Me diz que a gente já era



Que já não é mais primavera



Oh baby, oh ba...by



A gente ainda nem começou



Baby o que houve na trança



Vai mudar nossa dança



Sempre a mesma batalha



Por um cigarro de palha



Navio de cruzar deserto



Todo jornal que eu leio



Me diz que a gente já era



Que já não é mais primavera



Oh, baby, oh baby



A gente ainda nem começou



Baby isso só vai dar certo



Se você ficar perto



Eu sou índio Sioux



Eu sou cachorro urubu



Em guerra com Zéu!



Autor: Raul Seixas

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Você é linda



Fonte de mel

Nos olhos de gueixa

Kabuki, máscara

Choque entre o azul

E o cacho de acácias

Luz das acácias

Você é mãe do sol

A sua coisa é toda tão certa

Beleza esperta

Você me deixa a rua deserta

Quando atravessa

E não olha pra trás
Linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

Você é linda

Mais que demais

Vocé é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim
Você é forte

Dentes e músculos

Peitos e lábios

Você é forte

Letras e músicas

Todas as músicas

Que ainda hei de ouvir

No Abaeté

Areias e estrelas

Não são mais belas

Do que você

Mulher das estrelas

Mina de estrelas

Diga o que você quer
Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E dizVocê é linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim
Gosto de ver

Você no seu ritmo

Dona do carnaval

Gosto de ter

Sentir seu estilo

Ir no seu íntimo

Nunca me faça mal
Linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim

Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz


Caetano Veloso


Dedico esta canção inteiramente à Senhorita Larissa, merecedora de meu carinho e linda como uma noite de luar

terça-feira, 21 de junho de 2011

O tigre




Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?

Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos?
Sobre que asas se atreveu a ascender?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração?

E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui?
Que martelo te forjou? Que cadeia?
Que bigorna te bateu? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores?

Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou?

Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?


William Blake

segunda-feira, 20 de junho de 2011

As mulheres que falam com os olhos



Sempre reparei muito no olhar das mulheres, me interesso por isso. Não me importa a cor necessariamente nem mesmo o formato, acho, porém que os olhos mostram seus desejos, intenções e anseios. Eles são capazes de dizer o que a boca não pode, de mostrar o que o corpo não mostra e insinuar o que os gestos não insinuam.
Reforço o que digo usando como exemplo as mulheres que pouco podem se expressar de outra maneira. As árabes que cobre quase cem por cento do corpo, mas que trazem nos olhos o que não podem dizer.
Até mesmo as que podem e falam, guardam neles certos mistérios.

Allan Giovanni da Silva.

A coisa



Tudo que fiz não pode ser desfeito
Tudo que disse não pode ser esquecido
O tempo não volta
As pessoas não voltam
Melhor assim?

Tornei-me meu melhor inimigo
Ou seria meu pior amigo?
Um monstro a ser caçado
Uma coisa a ser abandonada

Uma criatura que vive num aquário
Algo frio, asqueroso
Estranhamente atraente
Repulsivo por si só

Ou seria um deformado num porão
Que todos repudiam
Mas tem pena de matar
Fiz coisas e estou virando algo


Allan Giovanni da Silva.

De que serve a Bondade





1-De que serve a bondade

Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados

Aqueles para os quais eles são bons?

De que serve a liberdade

Se os livres têm que viver entre os não-livres?

De que serve a razãoSe somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?

2-Em vez de serem apenas bons, esforcem-se

Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade

Ou melhor: que a torne supérflua!

Em vez de serem apenas livres, esforcem-se

Para criar um estado de coisas que liberte a todos

E também o amor à liberdade

Torne supérfluo!

Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se

Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduoUm mau negócio.


Por Bertold Brecht

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os Discípulos de Chaplin



Já escrevi sobre o homem e o quanto ele foi inovador, mas agora quero falar um pouco do que tenho observado de Chaplin sem ser exatamente Chaplin, mas sim na sua herança como ator.
Além dos contemporâneos de Chaplin como: Os Irmãos Marx, Os Três Patetas, O Gordo e o Magro, tivemos nos anos 60 um homem chamado Jerry Lewis um comediante que fazia rir com um abanar de braços. Assim como Chaplin ele também dirigia e produzia seus filmes, a comédia visual sempre foi seu forte.
Fora do cenário de Hollywood penso em vários outros que com personagens simples, normalmente pobres e vagabundos e que como o Chaplin fizeram carreira. Um deles foi Renato Aragão, o Didi que com meias furadas e piruetas ganhou as graças do público junto com Os Trapalhões. Roberto Bolaños, outro comediante que usava os mesmos artifícios que Chaplin sendo pobre, porém cômico e às vezes indo rapidamente ao drama esse é o Chaves.
Nos dias de hoje temos Jim Carrey que surgiu para p grande público em 1994 em O Máskara e até hoje continua fazendo rir com um gesto simples.
Todos esses grandes nomes servem para nos mostrar o quão grandioso é o cinema e que Chaplin foi mais do que um ator.

Allan Giovanni da Silva.

domingo, 12 de junho de 2011

Te és o M.D.C da minha vida




























Tu és o grande amor




Da minha vida



Pois você é minha querida




E por você eu sinto calor




Aquele seu chaveiro




Escrito "love"




Ainda hoje me comove



Me causando imensa dor Dor!...




Eu me lembro




Do dia em que você



Entrou num bode



Quebrou minha vitrola



E minha coleção



De Pink Floyd...




Eu sei!Que eu não vou ficar



Aqui sozinhoPois eu sei




Que existe um careta



Um careta em meu caminho...




Ah!Nada me interessa



Nesse instante






Nem o Flávio Cavalcanti



Que ao teu ladoEu curtia na TV, na TV...




Nessa sala hoje



Eu peço arrêgo




Não tenho paz




Nem tenho sossego




Hoje eu vivo somente






A sofrer! A sofrer!...




E até!Até o filme




Que eu vejo em cartaz




Conta nossa história




E por isso, e por isso






Eu sofro muito mais...




Eu sei!




Que dia a dia






Aumenta o meu desejo



E não tem Pepsi-cola que sacie




A delícia dos teus beijos...




Ah!Quando eu me declarava



Você riaE no auge da minha agonia



Eu citava Shakespeare...




Não posso sentir




Cheiro de lasanha




Me lembro logo




Das casas da banha



Onde íamos nos divertir Divertir!...




Mas hoje o meu




Sansui-Garrat e Gradiente




Só toca mesmo embalo quente



Prá lembrar do teu calor




Então eu vou ter






Com a moçada lá do Pier



Mas prá eles é caretaSe alguém






Se alguém fala de amorAh!...




Na Faculdade de Agronomia




Numa aula de energia




Bem em frente ao professor



Eu tive um chilique desgraçado



Eu vi você surgindo ao meu lado




No caderno do colega Nestor Nestor!...




É por isso, é por isso






Que de agora em diante




Pelos 5 mil auto-falantes




Eu vou mandar berrar




O dia inteiroQue você é:




O MeuMáximo




Denominador




Comum!...






Raul Seixas





















sábado, 11 de junho de 2011

Eu quero sempre mais! Ira!



À minha vida, eu preciso mudar todo dia

Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos

Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos

Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais

Eu quero sempre mais

Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste

Porque querer está tão longe de poder

E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim

Longe de mimLonge de mim
A minha vida, eu preciso mudar todo dia

Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos

Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos

Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais

Eu quero sempre mais

Eu espero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste

Porque querer está tão longe de poder

E quem eu quero está tão longe, longe de mim
Longe de mim

Longe de mim

Longe de mim


Edgard Scandurra

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sofro





Sofro pelo velho que foi e não mais volta
Sofro pela mulher amada que também não volta
Sofro pelo tempo que não volta
Sofro pela água da nascente que se poluiu e não bebi

Sofro pelo homem que não abracei
Sofro pela mulher que não beijarei
Sofro por não mais ser querido por ela
Sofro por ter perdido

Sofro por não ter lutado mais
Sofro por não ter chorado mais
Sofro por não ter vivido mais
Sofro por não ser mais



Sofro pelo que fiz
Sofro pelo que não fiz
Sofro pelo que não farei
Sofro por fazer sofrer


Allan Giovanni da Silva.

Cachorro Urubu




Baby, essa estrada é comprida

Ela não tem saída

É hora de acordar

Pra ver o galo cantar

Pro mundo inteiro escutar

Baby a estória é a mesma

Aprendi na quaresma

Depois do carnaval

A carne é algo mortal

Com multa de avançar sinal

Todo jornal que eu leio

Me diz que a gente já era

Que já não é mais primavera

Oh baby, oh ba...by

A gente ainda nem começou

Baby o que houve na trança

Vai mudar nossa dança

Sempre a mesma batalha

Por um cigarro de palha

Navio de cruzar deserto

Todo jornal que eu leio

Me diz que a gente já era

Que já não é mais primavera

Oh, baby, oh baby

A gente ainda nem começou

Baby isso só vai dar certo

Se você ficar perto

Eu sou índio Sioux

Eu sou cachorro urubu

Em guerra com Zéu!




Raul Seixas

terça-feira, 31 de maio de 2011

Pedaço de mim

Penso que a vida é feita de momentos, de fases e certamente de pessoas. Umas têm a capacidade de te fazer ver coisas que você jurava que não existiam.
Pessoas que chegam sem avisar, que te ganham com um sorriso e que logo você vê que é parte da sua vida.
A vida não te reserva duas pessoas assim. É apenas uma, e se ela vai embora você sofre feito um cão, rola de dor, mas é uma dor que outros não podem ver. É uma dor sua, uma dor que cresce e cresce até te matar.
O sol não brilha mais como antes, as crianças que brincam no parque não são mais tão alegres, o hambúrguer não tem mais o mesmo sabor, nem a cerveja gelada tem a mesma graça sem ela.
Você trocaria toda a liberdade, tudo na vida para ter um abraço, um beijo, um afago. Sentir de novo a mão que lhe enxugou seus olhos, vê-la sorrir, sentir seu corpo quente seu pezinho gracioso, vê-la dormir e acariciar seu lindo rosto.
A vida volta a ser vazia, sem cor, fria e sem graça. A parte que eu amo em mim teu o teu nome: Andrea.



Allan Giovanni da Silva.

O ÚLTIMO BAR!



O último bar quando fecha de manhã

Só me lembra que eu não tenho aonde ir

Bom humor tenho demais, mas que diferença faz

Se você não está aqui pra dividir

Nada hoje em dia é como costumava ser

Do jeito que era divertido há um tempo atrás

Varava noite adentro pelos bares por aí

Enchendo a cara e perturbando a paz

Não é nenhuma novidade

Ficar uma semana sem dormir

Em cada esquina tem um bar

Em cada copo uma vontade de sumir de vez daqui

Mas se eu voltei pra essa cidade

Foi atrás de muito tempo que eu perdi

E cada vez que passa um Cadillac

Eu fico procurando se é você a dirigir

Toda noite tem sempre alguém pra me dizer

Que mulher que vai querer te ver assim

Pleno festival, mulherada, carnaval

E eu aqui com uma garrafa já no fim.


Matanza

domingo, 29 de maio de 2011

Chaplin



Ele fez a América, sacaneou Hitler, criticou o capitalismo, foi expulso dos E.U.A.
Chaplin da infância miserável em Londres até o Oscar teve uma longa estrada. Foi um homem que fez muitas coisas, mas mais que tudo foi um homem cuja existência foi uma celebração à vida e ao amor.
Charlie dirigia, produzia, estralava e compunha as músicas de seus filmes. Ele foi único porque transformou arte em algo popular, porque fez muito com pouco e ajudou a construir a história do cinema.Porque deixou um legado descomunal.
Não acho que Chaplin seja um homem a frente do seu tempo como é comum dizer. Não, acho que ele foi um cara do século XX, através da arte conseguiu influenciar os caminhos da história, com um bigode uma bengala é um chapéu coco, foi o melhor.
Foi acusado de ser comunista e foi expulso dos Estados Unidos por isso, ficou no exílio e em 1972 foi chamado para receber o Oscar de conjunto da obra.
Chaplin sempre foi inquieto e até revoltado, um esquerdista nato e constantemente falava mal da Academia, tanto que nem mesmo suas obras primas não foram indicadas.
Chaplin, porém sempre foi um fenômeno, amado pelo público, nem tanto pela crítica, que achavam sua comédia primária e exagerada. Chaplin foi contra todas as tendências, fez filmes mudos quando ninguém mais fazia, fez drama com a mesma maestria que fez comédia. O mundo se rendeu ao seu talento. Teve uma grande influência na história do século XX.
Charlie Chaplin trabalhou durante 75 anos e viveu 88. Hoje ele é uma ideia e um símbolo de amor e de esperança.


Allan Giovanni da Silva.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Quando aprendi a chorar





Quando aprendi a chorar as coisas dolorosas da vida passaram a fluir com as lágrimas
O choro que neste tempo é claros sinais de fraqueza não assim mais me parece.
O pranto tem um valor porque tu não chorar por nada, há sempre uma carga emocional, uma dor, um peso, uma ferida ainda aberta.
Todo ser humano se acha em algum momento fraco, sozinho indefeso. Chorar serve para mostrar que tu também és humano e que tu também precisas de outras pessoas,
mas cabe apenas a ti sair de onde tu estás.
Creio que todos nós precisamos aprender a chorar, Não te tornes porém dependente das lágrimas, mas as use para que tu sejas melhor, melhor para ti mesmo para ti mesmo.






Allan Giovanni da Silva.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Beethoven e a Laranja.



A chocante obra do mestre Stanley Kubrick, é desta forma em grande medida por conta da trilha sonora. Esse filme é quase um tratado sobre a mente humana tendo as atitudes do jovem Alex dois combustíveis; o leite e Beethoven. Alex provido destas duas coisas em seu guliver sai para fazer brincadeiras noturnas.
É impressionante, caro leitor como o diretor trabalha os efeitos da música no pobre rapaz. Os sentimentos, as atitudes, até mesmo os conceitos de beleza e harmoniosidade são diretamente ligadas acionadas quando Alex liga seu aparelho e ouve Beethoven.
Kubrick é capaz de fazer você entrar de cabeça no mundo sujo e sem limites de Alex ao mesmo tempo um lugar onde você se sentiria a vontade. Caso você tenha uma personalidade caótica, quem sabe queira se juntar a ele e apreciar um belo copo de leite, tomar um sorvete, ou fazer um dueto de singing in the rain.


Allan Giovanni da Silva.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mistérios Misteriosos!





É necessário antes de qualquer coisa dizer que sou cético, mas tem nesse planeta e fora dele coisas realmente intrigantes. A tecnologia nos tem possibilitado ver coisas que antes só os “mentirosos” viam, como pássaros caindo mortos do céu do Arkansas, Louisiana, Kentucky e também na Suécia, Peixes mortos, no Paraná, 40 mil caranguejos mortos na Inglaterra, no começo desse ano. Tivemos um estranhíssimo anel no céu de Moscou, mas eventos como esses acontecem o tempo todo. O mais impressionante certamente foi a bola pra lá de esquisita que apareceu sobre o domo da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém. Mas o mais interessante e recente evento ocorreu aqui no Brasil, em Minas Gerais. Duas meninas foram puxadas por alguma coisa enquanto tomavam banho no Rio Sapucaí, na cidade Itajubá, segundo especialista não é possível que seja uma cobra. O vídeo não mostra nada conclusivo. Enquanto o tempo vai passando, mais coisas vão acontecendo. Seria a maioria deles fraudes? Seriam sinais do fim do mundo? Coincidência? Só podemos pensar porém que são mistérios!


Allan Giovanni da Silva.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tarantino Volume II



Já escrevi aqui sobre o cara, mas a genialidade do senhor Tarantino me obrigou a retornar a sua obra.
Nesta semana li que ele começou a escrever o roteiro de Bastardos Inglórios II, enquanto irá rodar um faroeste no estilo spaghetti. Taranta está ainda esperando chegar o ano de 2014, quando deverá lançar o terceiro e penúltimo filme da saga Kill Bill. Sim, mesmo Bill já estando morto, tanto o personagem quanto o David Caradine, que o intreprentava. O problema é que Tarantino nunca consegue em um único filme mostrar toda a história de seus complexos personagens. As histórias acabam virando sagas enormes.
Seus filmes são recheados de violência, piadas e diálogos longos antológicos e até dancinhas. Tudo isso faz de seus filmes novos clássicos. Quentin apresenta um jeito novo e estranho de filmar com cortes em horas inoportunas e roteiros atemporais, porém no fim tudo se encaixa perfeitamente e você percebe que participou de mais uma experiência única.
Num lugar históricos de Transformers, super-heróis Marvel e DC Comics invadindo os cinemas do mundo todo, Tarantino faz o caminho opostos criando personagens estranhamente humanos e cheios de problemas morais.
Quentin Tarantino ainda é um diretor jovem e não tem muitos filmes em seu currículo, mas creio que um dia ele entrará para o seleto grupo de diretores como Akira Kurosawa, Alfred Hitchcock, Roman Polanski, Stanley Kubrick, porque como eles Tarantino é ousado, nada comercial e absolutamente louco.


Allan Giovanni da Silva.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden, um cara que deu trabalho!


Desculpe caro leitor o título deplorável deste texto, mas ele vem a calhar.
Era uma terça-feira, onze de setembro de 2001, eu acordei cedo, fui para meu curso de informática, voltei para casa e comecei a trabalhar num estudo sobre Getúlio Vargas, que apresentaria naquela tarde na escola.
Um dia normal na minha adolescência, só não foi para o resto do mundo muito menos para que estava em Nova Iorque naquela manhã movimentada em Manhattan. Saudita pra mim completamente desconhecido até aquele momento entraria para a história do século que acabava de nascer.
Quase três mil pessoas morreram no que foi considerado pelos estadunidenses como o maior ataque terrorista de todos os tempos. Washington também foi atacada, no total quatro aviões foram seqüestrados. O então presidente Bush não sabia o que fazer em curto prazo, porém surgia ali uma oportunidade de ouro para levar a democracia e a guerra ao Afeganistão assim como já se fazia no Iraque. Claro que em troca de seu valioso serviço os americanos cobrariam em petróleo, muito petróleo e por uma terrível coincidência começou uma investida chamada de “Operation Iraq Libertation”, com a sigla OIL, tradução petróleo. Parece piada, mas é verdade, o nome foi mudado mas a coisa só piorou, bombardeios matavam civis todos os dias e a imprensa começou a denunciar os crimes de guerra do governo Bush, a opinião pública começou a se opor às guerras no Oriente Médio, veio mais uma eleição, George Bush concorreu contra ex vice presidente Al Gore, um cara preocupado com questões ambientais. Mas Bush venceu e de maneira muito duvidosa devo dizer. Ainda com protesto e grande parte do mundo se opondo aos assassinatos nessas guerras sem sentido Bush, Condoleezza Rice e o general Colin Powell, continuaram mandando soldados aos montes para o Iraque e para o Afeganistão. Para manter-se na região o governo americano inventou que existiam armas de destruição em massa na região. Pura mentira, uma mentira desesperada e infantil, nada nunca foi achada. Pessoas que eram apontadas como colaboradores da Al-Qaeda eram torturados pela CIA, e presos na cadeia de Guantánamo. Em fim, a qualquer preço a mentira precisava ser mantida.
Voltando um pouco no tempo, chegamos aos anos de 1980, quando a URSS ocupava o Afeganistão e os EUA mandou armamento para que líderes afegãos lutassem contra os comunistas, contribuindo assim para o fim do bloco. O que os americanos não esperavam é que os afegãos se voltariam contra si eles. Culminando nos ataques de onze de setembro. Não acho que as torres gêmeas tenha sido o maior ataque terrorista de todos os tempos. Acho na verdade que eles provocaram e não sofreram o maior deles. No Japão em 1945 com duas bombas atômicas, mas esse é assunto para outro post.
Em 2006 Hussein foi enforcado, em 2008 vi com lágrimas nos olhos Bush partir para o Texas para nunca mais voltar a Washington. Agora parece que finalmente que o ciclo se fecha, Com Bin Laden morto, quem sabe podemos pensar numa situação de menos violência no Oriente Médio em longo prazo. Obama prometeu fechar Guantánamo, retirar tropas americanas de todo o Oriente Médio. Esperamos pelo dia em que cristãos, muçulmanos, judeus, budistas ateus gnósticos, enfim todos possamos viver sem despertar o ódio.

Allan Giovanni da Silva.

sábado, 30 de abril de 2011



Pare o mundo que eu quero descer

que eu não agüento maisEscovar os dentes com a boca cheia de fumaça...Você acha graçaPorque se esquece que nasceu numa época cheia de conflitosEntre raças...Pare o mundo que eu quero descer que eu não agüento mais tirar fotografia prá arrumar meus documentos...É carteira disso, daquilo que até já amareloum inha certidão de nascimento E ainda por cima...Tem que pagar prá nascer tem que pagar prá viver tem que pagar prá morrer...

(2x)Pare o mundo que eu quero descer que eu não agüento maisEsperar a hora de usar meu título de eleitorEmborolado...E ver no rosto das pessoasA mesma expressão de ascensorista de elevador mal remunerado...Pare o mundo que eu quero descer que eu não agüento maiso uvir falar na crise da gasolina que já vai aumentar outra vez...E pensar que a poluição contaminou até as lágrimase eu não consigo mais chorar e ainda por cima...Tem que pagar prá nascer tem que pagar prá viver tem que pagar prá morrer...(2x)

Tá tudo erradoOh! Oh! Tá tudo errado desorientado segue o mundo e eu não posso mais ficar parado...Oh! Oh!Tá tudo erradoOh! Oh!Tá tudo errado eu só quero ter você comigo e mandar o resto pro diabo...Tá tudo erradoOh! Oh!Tá tudo errado desorientado segue o mundo e eu não posso mais ficar parado...Oh! Oh!Tá tudo errado.Oh! Oh!Tá tudo errado. Eu só quero ter você comigoE mandar o resto pro diabo...Tá tudo erradoOh! Oh!Tá tudo errado!Olha aí! tá vendo?Tudo errado!Tudo errado!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

As Idades


Não gosto de fazer aniversário, mas é um mal necessário, por de trás dos anos está a experiência, de muitas vezes ter quebrado a cara.
A cada ano que se soma, nos distancia da incoerência e nos aproxima um milímetro da sabedoria.
A vida ainda que não longa deve ser experimentada, nós mesmos devemos ser experimentados. Creio que a velhice traz a sabedoria, mas ela deve ser praticada a todo o momento.
Entre a vitalidade da infância e discernimento na maturidade existe uma vida de momentos que devem ser dedicados a vivência. Não viva por um emprego, ou por um bom carro. Viva por prazer, para melhorar o seu entorno, viva para ser relevante.

Allan Giovanni da Silva.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Psicóticos


Depois de uma semana resolvi escrever sobre o Massacre de Realengo. Meu texto não pretende unicamente vociferar contra o assassino. Penso que de certo modo ele também é vítima, de um sistema educacional que exclui, de uma adolescência massacrada por “bullying”, chacotas, apelidos. Creio ainda que não sejam apenas estes seus motivos, devem existir obviamente problemas pessoais nesse sujeito que o fizeram agir desta maneira. Estes problemas citados acima, porém, são comuns aos dois jovens que agiram de maneira semelhante em Columbine. A grande mídia impõe estereótipos, padrões e se você é uma adolescente considerada gorda, ou um menino baixo, ou negro, não importa você também pode se tornar vítima desta máquina de padronização. Algumas pessoas têm personalidade para superar e virar o jogo, outras não. Infelizmente não acho que o atirador do Rio de Janeiro, seja o último no Brasil, acho que todos os dias, em todos os rincões de nosso país novos atiradores estão sendo encasulados para um dia saírem atentando contra a vida de pessoas que diretamente não participaram da sua formação assassina. Precisamos urgentemente mudar a forma como educamos nossas crianças caso contrário teremos muitos massacre Brasil afora.


Allan Giovanni da Silva.