sábado, 10 de dezembro de 2011

Luzes da Ribalta


Esse é o terceiro texto que escrevo sobre Chaplin neste espaço. Desta vez destaco um filme diferente. Em 1952 vimos um homem maduro, aposto do palhaço mudo da década de trinta. Neste longa Chaplin interpreta um palhaço que não vê mais graça em si próprio. Passa fome e principalmente por uma crise, onde questiona seu talento e se pergunta quem o fará rir.
Chaplin é quase que ele mesmo neste filme. Ele passa para a sociedade americana várias questões que lhe incomodam. Neste período, o ator, roteirista, diretor e compositor é mandado embora do E.U.A por ser comunista. Agora é rejeitado pelo público que fez rir e chorar.
Chaplin guarda grandes amarguras e este filme acaba por ser uma válvula de escape para tudo que ele sente.
Esse filme apesar de ser falado, não tira todo o brilho dos olhos de Chaplin, sua atuação é cheia de pequenas piadas, coisa inevitável para ele, mas é certamente o mais profundo e filosófico papel do mestre.
Chaplin responde com carinho toda dor que lhe foi imposta.

Allan Giovanni da Silva.

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