quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A religião pra mim

Na infância às vezes íamos na igreja, meu pai acordava todo mundo cedo no domingo e lá estamos ainda que sonolentos ouvido o sermão do padre.
Um belo dia fui matriculado na catequese com o firme propósito de aprender a doutrina da Santa Madre Igreja Católica e de ganhar uma bicicleta no dia da comunhão. Isso demorou dois anos, mais dois anos pra fazer crisma e ganhar um relógio que, aliás, uso até hoje lá se vão catorze anos. Depois de tudo isso passei a freqüentar a missa sempre que minha mãe permitia, ia sozinho mesmo e gostava.
Mas no fundo em tinha muitas dúvidas, mas minha fé era superior a tudo isso.
Um belo dia na quinta série tive aula com um cara muito louco, Laércio, professor de História, ele tinha uma gana, uma paixão falava com intensidade, em pouca palavras o cara era doido e eu fiquei fascinado pela mente doentia daquele cara. Ele fava da igreja como eu nunca tinha ouvido falar, tudo que era sagrado pra mim passou a ser a perder o valor. Aos pouco fui parando de ir à igreja.
Comecei a estudar religião por conta própria e comece a ver que a Igreja não era a única a dizer a “verdade”, mas todas diziam, estudei com mais afinco as religiões orientais e mais ainda o budismo, mas também o xintoísmo, taoísmo, Islã, judaísmo, religiões afro evangelismo carismático, protestantismo espiritismo e até satanismo.
Quando fui pra universidade estudar história resolvi que me livraria do resto de religiosidade que restava em mim. Isso significava que Deus não mais existiria para mim.
Hoje me considero ateu livre de religiosidade, mas não livre de conceitos cristãos que acabam por pautar a sociedade ocidental moderna.
Ensino e discuto religião usando unicamente a razão, sem emoção ou qualquer questão pessoal, o meu ponto de vista coloca todos os segmentos religiosos num pé de igualdade. Acredito na liberdade plena de se acreditar no que quiser e também em não acreditar.
Allan Giovanni da Silva.

2 comentários:

  1. Se alguém importante da igreja católica ler isso, o professor Laércio ta ferrado...
    Mas é isso aí, sou uma simples professora de Matemática, mas discuto religião com meus alunos quando eles me perguntam "Qual sua religião, professora?" E eu respondo "A religião da professora Andrea", e aí a discussão começa... Quando eu falo prá eles que acredito sim, em uma força superior, mas não em um Deus como a bíblia descreve, eles ficam pasmos... Mas planto uma sementinha, quem sabe ele não serão como seus pais, fanáticos, que deixam de passar um sábado com seus filhos para irem à igreja? Talvez serão mais críticos e não aceitarão mais as "verdade absolutas" que lhes impõe..

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